1. |
Cabeça nas Nuvens
04:57
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D’aonde vem esse luar?
Será do leste, do sol
Ou do sonhar?
Parto então
Vou-me a explorar
O universo por trás do seu olhar
Quer me chamar
Quer me chamar
Me balançar, quer me alcançar
Quer me alcançar
Desculpa, estava com a cabeça nas nuvens
Perdão, meu bem, às vezes fico assim
E se estiver lá pelo mundo da lua
Me dê um alô, pergunte por mim
Porque só assim
Consigo escutar a chave virar
Mais uma porta se abriu
Pra não entrar
Um corpo inerte a divagar
Devagar
Teima em não escutar
Não acordar
Não é capaz
Não é capaz
Quer me chamar
Me agitar
Quer alcançar
Quer alcançar o distante sussurro
Vem cá tentar, tenta acordar
Tenta acordar
Desculpa, estava com a cabeça nas nuvens
Perdão, meu bem, às vezes fico assim
E se estiver lá pelo mundo da lua
Me dê um alô, pergunte por mim
Porque só assim é que
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2. |
Chave do Olimpo
04:51
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Parei de sonhar
Meu sono, tão mais limpo, não tarda a chegar
Vim aqui te avisar
Que a chave do Olimpo não é de se achar
Se a gente parar
Pra viver nosso mundo, já estamos lá
É só me avisar
Quando estiver pronta, vou lhe acompanhar
Quando de noite vem a cantar
Eu já sei onde vou te encontrar
Hoje fiz diferente
Parei frente ao mar, para a lua saudar
Montei na areia
Um castelo, um reino pra ela reinar
O reflexo na água
Não sorriu nem riu, decidiu me chamar
Se quer aventuras
Volte já pro seu mundo e vá se aventurar
Quando de noite vem a cantar
Eu já sei onde vou te encontrar
Quando de noite vem a cantar
Eu já sei onde vou te encontrar
Vim aqui te avisar
Que a chave do Olimpo não é de se achar
Se a gente parar
Pra viver nosso mundo, já estamos lá
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3. |
Hora
04:11
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Tendo imposto o eterno carnaval
Hora de se debruçar, esquecer todo o mal
Hora de se confessar, mudar o seu canal
Hora de se perdoar, esquecer afinal
Hora de se repousar sobre as costas do bem
Hora de se redimir para com outro alguém
Hora de se preparar para o vento que vem
Querendo realizar tudo o que te faz bem
Vem comigo entrar no mar, ficar cheios de sal
Vem comigo aproveitar toda essa tal
Hora de se abraçar a riqueza cultural
Hora de viver, meu bem, que é o que quero afinal
Vamos nos reinventar para te manter sã
Vamos cair na folia da escola campeã
Vamos nos recompor, enfrentar a ressaca
É hora de se compensar pela vida mal aproveitada
Tendo imposto o eterno carnaval
Hora de se debruçar, esquecer todo o mal
Hora de se confessar, mudar o seu canal
Hora de se perdoar, esquecer afinal
Hora de se repousar sobre as costas do bem
Hora de se redimir para com outro alguém
Hora de se preparar para o vento que vem
Querendo realizar tudo o que te faz bem
Hora de se debruçar, esquecer todo o mal
Hora de se confessar, mudar o seu canal
Hora de se perdoar, esquecer afinal
Hora de viver, meu bem, que é o que quero afinal
Hora que faz tique e taque e não tem nem final
Hora que passa sendo algo sempre tão banal
Hora que perde a hora e a hora pontual
Hora que questiona tudo aquilo que lhe é usual
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4. |
Prazer, Tempo
05:12
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Tinta fresca na parede só pega os desatentos
nunca pela frente e os que dizem sim
É o mesmo que mora no fim de semana
Segunda chega, e esse reclama de mim
“Não quero lhe ver mais aqui
Não venha me visitar aqui”
Não vejo problema na sua insistência,
na sua existência e a dos outros aqui
Mas preciso avisar que não é tão fácil assim se livrar de mim
Pelas minhas contas, todas as suas ações
e suas permutações encontram um fim
E todos os acasos dependem de seus respectivos segundos
nem vale a pena fingir que não
“Não aceito depender de ti
Até isso mudar, não vou desistir”
Não vejo problema na sua insistência,
na sua existência e a dos outros aqui
Mas preciso avisar que não é tão fácil assim
Lhe garanto, não será nada simples se livrar de mim
Sempre foi assim
“Evolução, vem me salvar
Não me deixe mudar
Não me deixe na mão
Eu não quero viver em vão
sei no meu coração
(o) caminho a seguir”
Sempre foi, sempre foi
Sempre será
Há de ser o que é
Tem que estar onde está
Sempre foi, ainda é
Sempre foi, sempre irá ser
Há de ser o que é
Tem que estar onde deve estar
“Evolução, me deixaste na mão
Me fizeste ruir
Precisei desistir”
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5. |
Ilhas de Malabar
01:51
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Nas ilhas de malabar eu vi
Um universo prestes a sumir
Me perguntaram "o que te traz aqui?"
Ao fim do mundo quero assistir
Tudo que se fez
Um dia há de se desfazer também
Devo aceitar
Que da vida sou apenas um refém
O que quero fazer
O que quero dizer
O que quero sentir
Nunca quero morrer
O que quero fazer
O que quero dizer
O que quero sentir
Nunca quero morrer
[Mas viver é doer]
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6. |
Gavetas
05:28
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A porta, a janela e as gavetas fechadas
A chave, o portão e a vista da sacada
Há quem me diga que eu devo ficar
Que com o tempo vou me acostumar
Que com o tempo vou me acostumar
Cabeça, engrenagem, direção incerta
Ocre na pele cobre a bicicleta
O que me resta é observar
Vejo a cidade se enferrujar
Vejo a cidade se enferrujar
Quem merece viver pensando assim?
Não acreditando em si
Onde me esqueci?
Procurando meios de reagir
E encontrando um muro que
Eu mesmo que fiz
Tijolo a tijolo desmonto
E encontro despido o meu ser
Logo ao seu lado esse monstro
Só agora fui perceber
Sempre que falo o que penso
Tenho que me esconder
Sempre que grito ao relento
É tanto o que tenho a dizer
Então me vejo aqui
Calado e sem meu nome
Chega de solidão
Daqui saio maior
A porta, a janela e as gavetas abertas
A chave, o portão e tudo o que me cerca
Dessa vida posso até gostar
Com esse sorriso me acostumar
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7. |
Mergulhador
01:31
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[Instrumental]
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8. |
Olhos
03:57
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Tenho olhos pra sentir
E boca pra escrever
Meu testamento
Para todo o mundo ver
Sentar e assistir
Atrás da tela
Que esconde um olho
Que não se revela
Variás balanças
Que pesam investidas
Singularidades
Medem minha vida
Enxergando mas
Não vendo minha alma
O meu coração a ti
Não interessa
Agonia, solidão
Grito, dor e a certidão
Diz que anda tudo muito bem
Centenas observam
A fantasia
Não sabem o que pensar
Da sua vida
Enxergando mas
Não vendo sua alma
O seu coração a mim
Não interessa
Tenho olhos pra sentir
E boca pra escrever
Meu testamento
Para todo o mundo ver
Sentar e assistir
Atrás da tela
Que esconde um olho
Que não se revela
Fantasia, comunhão
Quem sustenta a ilusão
Diz que anda tudo muito bem
Pulo dentro de um canhão
Miro na imensidão
Sei que o céu escuro vai além
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9. |
19:06
06:11
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Sempre quis matar o tédio
Mas nunca quis matar a fome por conhecimento
Não vejo nem saídas de emergência por aqui
Se paro pra refletir bem
Vejo que nunca fui muito de prestar pr’alguma coisa
Penso até em desistir
Mas isso também não faz muito o meu estilo
Em meio à multidão
São e sem um arranhão
Mas cadê...
Cadê a minha cabeça?
Sempre por caminhos tortos
Venho eu cambaleando
Procurei não encontrando
Nada que prestasse por aí
Mas se um dia sugerir
Que nunca contribuí
Vou morrer…
De rir
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10. |
Atrito
08:25
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A chuva molha a carne sacia a árvore quando não
Dá pra parar, não dá pra parar…
São as coisas caindo em mim, curioso meu fim
[Eu não sei ser real sem machucar ninguém]
Eu me levanto da cama
O despertador me chama
E eu ainda atordoado
A luz da manhã me cega
Minha janela me nega
Qualquer forma de descanso
Tento atravessar a rua
A maré de carros muda
E estou sendo atacado
O trabalho não acaba
Dois minutos se passaram na última meia hora
Tiro a chave do meu bolso
Minha casa não me traz conforto
Tiro um livro da estante
mas não o entendo
A canção, um desalento
Azedo o gosto na minha boca
O meu coração palpita
O olhar dela me evita
E a dissonância é evidente
Não nos alcançamos
Mas eu tento e menciono
O atrito da existência:
“Eu não sei ser real sem machucar ninguém.”
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